O que é intertextualidade? Exemplos!
A intertextualidade é um conceito muito usado em qualquer língua. Vemos ela em tudo que nos cerca: textos, histórias, contos, músicas, na arte, e mais. Entender o conceito da intertextualidade e seu uso na prática poderá abrir novas possibilidades para sua escrita e para realizar novas produções criativas.
O que é a intertextualidade?
A intertextualidade refere-se às formas interdependentes em que os textos se relacionam entre si (assim como com a cultura em geral) para produzir significado. Eles podem influenciar um ao outro, derivar, parodiar, referenciar, citar, contrastar, construir, basear-se ou inspirar-se. O conhecimento não existe no vácuo, nem a literatura.
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Intertextualidade de influência, implícita ou explícita
O cânone literário está sempre crescendo, e todos os escritores leem e são influenciados pelo que leem, mesmo que escrevam em um gênero diferente do seu material de leitura favorito ou mais recente. Os autores são influenciados cumulativamente pelo que leram, mostrando ou não explicitamente suas influências nas mangas de seus personagens.
Às vezes, eles querem traçar paralelos entre seu trabalho e um trabalho inspirador ou cânone influente – pense em ficção ou homenagem a fãs. Talvez eles desejem criar ênfase ou contraste ou adicionar camadas de significado através de uma alusão. De muitas maneiras, a literatura pode ser interconectada intertextualmente, de propósito ou não.
Há uma distinção entre obras explicitamente intertextuais – como imitações, paródias, citações, montagens e plágios – e aquelas em que a relação intertextual é primeiro plano.
Exemplos e observações sobre intertextualidade
Intertextualidade parece um termo tão útil porque enfatiza noções de relacionalidade, interconectividade e interdependência na vida cultural moderna. Na época pós-moderna, os teóricos afirmam com frequência que não é mais possível falar em originalidade ou singularidade do objeto artístico. uma pintura ou romance, já que todo objeto artístico é tão claramente montado a partir de pedaços de arte já existente.
A interpretação é moldada por um complexo de relações entre o texto, o leitor, a leitura, a escrita, a impressão, a publicação e a história: a história inscrita na linguagem do texto e na história que é carregada na leitura do leitor. uma história recebeu um nome: intertextualidade .
As idéias pós-modernistas sobre intertextualidade e citação complicaram as idéias simplistas sobre plágio que existiam. As frases suspensas, em seus novos contextos, são quase as partes mais puras e mais bonitas da transmissão de estudos. A metáfora é da fabricação de mosaicos. Uma das coisas que se aprende é que grandes fabricantes invadem constantemente obras anteriores, seja em pedra, mármore, vidro, prata ou ouro – em busca de tesselas que eles reconstituem em novas imagens.
Todo escritor ou orador é um leitor de textos (no sentido mais amplo) antes de ser criador de textos e, portanto, a obra de arte é inevitavelmente repleta de referências, citações e influências de todo tipo. Por exemplo, podemos ver em diversos discurso políticos brasileiros um contato, mesmo que indireto, com obras prévias.
Portanto, não deveríamos ter ficado surpresos ao ver traços do discurso de outros políticos nos discursos de hoje em dia. Pegue discursos marcantes, como da redemocratização do país, ou da época do Diretas Já, e você verá diversos exemplos de intertextualidade.
Dois tipos de intertextualidade
Podemos distinguir entre dois tipos de intertextualidade: iterabilidade e pressuposto. Iterabilidade refere-se à ‘repetibilidade’ de certos fragmentos de texto, para citar em seu sentido mais amplo incluir não apenas alusões, referências e citações explícitas em um discurso, mas também sem aviso prévio. fontes e influências, clichês, frases no ar e tradições, ou seja, todo discurso é composto de ‘vestígios’, pedaços de outros textos que ajudam a constituir seu significado.
Pressuposto refere-se a suposições que um texto faz sobre sua referente, seus leitores e seu contexto – a partes do texto lidas, mas que não estão explicitamente ‘lá”. ‘Era uma vez’ é um traço rico em pressuposto retórico, sinalizando até para o leitor mais jovem a abertura de uma narrativa ficcional. Os textos não apenas se referem a, mas de fato contêm outros textos.
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Sobre o autor
André é formado em pedagogia, já tendo dado aulas na educação infantil e atuado como professor e coordenador de cursos de inglês. Entendendo como funciona o processo de aprendizagem, decidiu escrever para o blog Provas Discursivas. Assim, compartilha postagens sobre métodos de estudo, provas, redações, escrita, concursos e muito mais para ajudar seus leitores a aprenderem.
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